KPIs de embalagem e logística: como medir para reduzir custos e aumentar produtividade
05 de dezembro de 2025Na rotina de uma operação industrial ou logística, embalagem ainda é vista, em muitos casos, como apenas um custo necessário. Filme stretch, fita adesiva, filme shrink, enfardadeira, arqueação, tudo entra na mesma linha do orçamento. Mas por trás de cada rolo aplicado existem números importantes que impactam diretamente o resultado da empresa.
É aí que entram os KPIs de embalagem e logística. Medir o que acontece do estoque ao transporte é o caminho mais seguro para reduzir desperdícios, evitar retrabalho, aumentar a produtividade e transformar embalagem em aliada estratégica, e não apenas em despesa.
Neste conteúdo, vamos explicar o que são KPIs, quais índices fazem mais sentido para acompanhar a performance da embalagem e da logística e como essa visão pode apoiar decisões mais inteligentes no dia a dia.
O que são KPIs na prática
KPIs, ou Key Performance Indicators, são indicadores que ajudam a medir o desempenho de processos, equipes e resultados. São métricas escolhidas de forma estratégica para responder a perguntas como:
- Estamos usando bem os recursos
- Onde estão os gargalos da operação
- O que está gerando custo desnecessário
- O que realmente mudou depois de uma melhoria aplicada
No universo de embalagem e logística, os KPIs permitem enxergar, por exemplo, se o filme stretch está sendo bem aplicado, se há excesso de consumo por palete, se as avarias no transporte estão sob controle ou se a expedição está trabalhando no limite da capacidade.
Mais do que um conjunto de números, os KPIs são um sistema de leitura da operação. Sem eles, qualquer decisão é tentativa e erro.
Por que medir desempenho em embalagem
A embalagem acompanha o produto em toda a jornada, do fim da linha de produção até a entrega ao cliente. Nesse caminho, ela:
- Protege a carga contra avarias
- Impacta a forma como o estoque é organizado
- Influencia o tempo de separação e embarque
- Interfere no espaço ocupado no armazém e no veículo
- Afeta diretamente a percepção de qualidade do cliente final
Quando esses pontos não são acompanhados por indicadores, surgem problemas conhecidos: consumo alto de filme, reaplicação constante, carga instável, avarias frequentes, retrabalho, reclamações e custos ocultos.
Medir é a única forma de responder com clareza:
“Essa solução de embalagem está realmente gerando ganho ou apenas parece mais barata na primeira compra?”
KPIs de embalagem que fazem diferença
Cada operação tem sua realidade, mas alguns indicadores são praticamente universais quando o assunto é embalagem.
1. Consumo de embalagem por palete ou por unidade
Esse é um dos índices mais importantes. Ele mostra quanto de filme, fita ou outro insumo está sendo usado para proteger cada palete ou cada unidade de produto.
- Consumo por palete muito alto pode indicar aplicação em excesso, falta de padrão ou produto inadequado.
- Consumo por palete muito baixo pode sinalizar risco de instabilidade de carga ou proteção insuficiente.
Quando se migra, por exemplo, de um filme stretch convencional para um filme pré estirado, esse KPI mostra na prática a economia de material por palete.
2. Taxa de avarias relacionadas a embalagem
Aqui o foco é medir quantos produtos chegam danificados ao cliente ou retornam por problemas de:
- Carga solta
- Embalagem rasgada ou mal aplicada
- Falta de proteção adequada no transporte
Ao cruzar esse dado com o tipo de embalagem usada, é possível entender se o problema está na escolha do produto, no modo de aplicação ou na forma como a carga está sendo movimentada.
3. Tempo médio de paletização
Esse indicador mostra quanto tempo a equipe gasta para aplicar o filme stretch ou finalizar a embalagem de um palete. Com ele, é possível comparar:
- Antes e depois da adoção de um novo filme
- Diferença entre aplicação manual e uso de equipamentos
- Impacto de treinamentos na produtividade dos operadores
Quando o tempo de paletização cai e a estabilidade da carga se mantém, a empresa ganha produtividade sem abrir mão da segurança.
4. Retrabalho por falha na embalagem
Toda vez que uma carga precisa ser reembalada, o custo aumenta. Recompor palete, reaplicar filme, refazer amarração com fita PET, tudo isso consome:
- Tempo de equipe
- Material
- Espaço no armazém
Monitorar o índice de retrabalho é fundamental para identificar falhas de padrão, necessidade de treinamento ou inadequação do produto utilizado.
KPIs de logística conectados à embalagem
A embalagem não trabalha sozinha. Ela impacta diretamente indicadores logísticos que também precisam ser monitorados.
1. Lead time do pedido
O tempo entre o pedido do cliente e a entrega final pode sofrer influência de:
- Retrabalho no picking por falta de identificação adequada
- Atrasos na expedição por instabilidade de carga ou embalagens insuficientes
- Problemas no carregamento por paletes mal montados ou mal protegidos
Uma embalagem bem escolhida e padronizada reduz essas variáveis e ajuda a manter o lead time sob controle.
2. Acurácia de estoque
Embalagem influencia como o estoque é organizado e lido visualmente. Quando se utiliza, por exemplo, filme stretch colorido com um sistema de cores por cliente, rota ou produto, a acurácia de contagem tende a melhorar, assim como o controle e a velocidade do inventário.
3. Custo logístico por unidade expedida
Esse é um KPI mais amplo, que considera transporte, armazenagem e manuseio. Embalagens mal dimensionadas podem:
- Aumentar o espaço ocupado
- Exigir mais viagens ou mais veículos
- Gerar mais avarias, devoluções e substituições
Ao ajustar a solução de embalagem, o custo logístico por unidade pode cair mesmo quando o valor unitário do insumo é maior, porque o ganho vem do sistema como um todo.
Como implementar KPIs de embalagem e logística na sua operação
Implementar indicadores não precisa ser complexo. O importante é começar.
Um bom caminho é:
- Escolher poucos KPIs essenciais
Comece com 3 ou 4 indicadores. Por exemplo: consumo de filme por palete, taxa de avarias, tempo de paletização e retrabalho por falha de embalagem.
- Definir como os dados serão coletados
Pode ser por planilha, sistema, apontamento manual ou relatório de produção. O importante é que seja viável na rotina e consistente.
- Estabelecer uma linha de base
Antes de mudar produto ou processo, meça como a operação está hoje. Essa será a referência para comparar os resultados mais à frente.
- Testar melhorias e registrar o impacto
Se você implanta um stretch pré estirado, altera o tipo de fita, padroniza o número de voltas ou muda o filme de cobertura, acompanhe semanalmente o efeito nos KPIs.
- Envolver a equipe
Mostre os indicadores para o time, explique por que eles são importantes e como cada pessoa pode contribuir. Quando a equipe entende o impacto, o engajamento aumenta.
O papel da Luari na leitura e melhoria dos seus KPIs
Mais do que fornecer filme stretch, shrink, fitas e soluções para arqueação, a Luari atua como parceira das empresas na leitura e evolução dos indicadores de embalagem e logística.
Na prática, isso significa:
- Analisar o cenário atual, entendendo consumo, perdas e gargalos
- Sugerir soluções compatíveis com o objetivo da operação, seja redução de custo, ganho de produtividade ou melhoria de estabilidade de carga
- Acompanhar a aplicação e oferecer treinamento para a equipe
- Apoiar o cliente na construção de KPIs e na comparação de resultados antes e depois das mudanças
Quando embalagem, estoque e transporte passam a ser vistos como um mesmo sistema, os indicadores deixam de ser apenas números e se transformam em guias para decisões diárias.
Em um mercado cada vez mais competitivo, operar no “achismo” é um risco alto demais. KPIs de embalagem e logística permitem enxergar onde o dinheiro está sendo bem investido e onde ele está sendo desperdiçado.
Ao medir consumo, avarias, tempo de paletização, retrabalho e custo logístico, sua empresa conquista:
- Mais previsibilidade
- Mais segurança nas decisões
- Mais eficiência em toda a cadeia
- Mais margem de lucro sem necessariamente aumentar o volume de vendas
Com o apoio de um parceiro técnico em embalagens, como a Luari, esses indicadores deixam de ser apenas relatórios e passam a ser ferramentas de gestão que sustentam o crescimento de forma estruturada.
Medir é o primeiro passo. Agir com base nos dados é o que transforma indicador em resultado real.
